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Contexto do Propósito


Propósito, só tem um? Ou depende do contexto?

Um dia desses, ao questionar um amigo sobre seu propósito, ele me respondeu com uma longa lista com o que era seu propósito com a esposa, os filhos, os funcionários, os amigos, os pais etc. Essa longa lista é a inspiração para o artigo de hoje.

Somos indivíduos que atuamos em diversos sistemas assumindo diversos papeis. Por exemplo, no sistema familiar atuamos no papel de pai ou mãe, de companheira ou companheiro, de filho ou filha, irmã ou irmão, netos, sobrinhos, primos etc. Em cada um desses papeis temos uma agenda própria, mas nem por isso deixamos de ser nós mesmos.

Mas... E quando não sei quem realmente sou? E quando me confundo com meus papeis e me perco? Se essas perguntas ecoaram em você de alguma forma, sugiro a leitura do artigo Propósito e Autoconhecimento!

Se isso acontece é possível que eu acredite que tenho vários propósitos: um para cada papel que exerço na vida.

Porém, se, ao contrário disso, tenho claro quem sou e ajo com congruência em cada um dos meus papeis, meu propósito será único. Pois ele virá da minha identidade – conforme o que acredito, valorizo e com a vida (a realidade) que quero criar (ou desejo) – para os papeis que exerço.

Por exemplo, se eu trabalho por um mundo com mais propósito vou educar meus filhos de forma que eles cresçam de forma a se alinharem naturalmente com seus propósitos individuais, vou apoiar meu companheiro (minha companheira) de forma que ele/ela viva conforme seu propósito, vou selecionar minha equipe conforme o alinhamento da pessoa com o propósito, em minhas comunidades de convívio vou incentivar e desenvolver o alinhamento da vida ao propósito. Ou seja, serei congruente, em meus níveis neurológicos, com o meu propósito.

O conceito de níveis neurológicos foi introduzido na PNL por Robert Dilts a partir do estudo do antropólogo Gregory Bateson (1904-1980), nos quais uma mudança hierárquica num nível superior irá necessariamente trazer mudanças nos níveis inferiores, porém uma mudança em um nível inferior pode ou não trazer mudanças em níveis superiores.

Os níveis neurológicos são, em ordem crescente: ambiente, comportamento, competências, crenças e valores, identidade e espiritual.

Ao tomarmos os dois primeiros níveis como exemplo, podemos dizer que ruas bem limpas (ambiente) podem ou não incentivar alguém a não jogar papel no chão (comportamento). Porém uma pessoa com o hábito de jogar lixo no lixo (comportamento), não jogará um papel no chão mesmo que as ruas (ambiente) esteja cheio de lixo.

Da mesma forma que uma pessoa com capacidade incrível para pilotar automóveis (competência) pode ou não ser um motorista consciente no trânsito (crenças e valores). Mas uma pessoa que respeita a vida e as leis de trânsito (crenças e valores), mesmo que sendo excelente piloto (competência), não sairá colocando vidas em perigos e nem negligenciando as regras (crenças e valores).

O propósito é algo embasado por nossas crenças e valores, representado por nossa essência (identidade), para um contexto maior (sistema), que será representado por meio das nossas competências e comportamentos e se refletirá em nossos ambientes. Logo, meu amigo querido, independente do papel que exerçamos, nosso propósito é único.

Como dito anteriormente, o que acontece é que nem sempre nossos níveis neurológicos estão alinhados. E o nome disso é conflito, a causa de boa parte dos nossos sofrimentos. É o que chamo de fenômeno Sr. Walker Sr. Wheeler... Meus contemporâneos lembrarão, os mais novos se divertirão, e muitos de nós, simplesmente, nos reconheceremos.


Beijão e boa semana!!!

Busque sua vida e ache seu propósito!

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