A vida humana é repleta de escolhas e as decisões que tomamos moldam o curso de nossa vida. Mas será que sabemos como tomar decisões conscientes e alinhadas com nossos valores e propósito?
A vida humana envolve uma série de escolhas que iniciam desde a infância, moldando o curso da vida. A capacidade de tomar decisões complexas e ponderar as possíveis consequências a longo prazo é uma característica intrínseca à natureza humana. E a qualidade dessas escolhas influencia o sucesso e a felicidade das pessoas. A ciência do desenvolvimento humano sugere que a capacidade de fazer escolhas começa desde muito cedo na vida, porém a habilidade de tomar decisões conscientes e bem pensadas é um processo contínuo que se estende até a idade adulta.
A psicologia estuda extensivamente o processo de tomada de decisões e os fatores que influenciam as escolhas dos seres humanos. Alguns desses fatores são: crenças, valores, emoções, experiências passadas, motivações, cultura e contextos sociais e ambientais. A teoria da racionalidade limitada proposta por Herbert Simon, por exemplo, sugere que os seres humanos têm limitações cognitivas e emocionais que os impedem de considerar todas as informações e possibilidades antes de tomar uma decisão. Por essa razão, as pessoas usam heurísticas ou atalhos mentais para simplificar o processo de escolha.
Outra teoria importante é a teoria da dualidade do processo de tomada de decisão, que sugere que existem dois sistemas de processamento de informações envolvidos na tomada de decisão: o sistema 1, rápido e intuitivo, e o sistema 2, mais lento e deliberativo. O sistema 1 é usado para tomar decisões rápidas e automáticas, enquanto o sistema 2 é usado para tomar decisões mais complexas e deliberadas.
A neurociência também tem estudado como as pessoas fazem escolhas e os processos cerebrais envolvidos na tomada de decisão. O córtex pré-frontal desempenha um papel importante na tomada de decisões, pois ajuda a avaliar as opções disponíveis, a considerar as consequências das escolhas e a escolher a melhor opção com base nos objetivos e valores pessoais.
O neurocientista Antonio Damásio propõe em seu livro "O Erro de Descartes" (1994) que as emoções desempenham um papel crucial na tomada de decisão. Ele argumenta que as emoções são geradas pelo corpo em resposta a estímulos internos e externos, e que essas emoções são processadas pelo cérebro para nos ajudar a avaliar as opções disponíveis, a sinalizar a importância relativa dos diferentes fatores e a guiar a escolha final. A tomada de decisão não é um processo puramente racional, ele é influenciado por nossas experiências passadas, valores pessoais e emoções.
Mesmo sem saber exatamente como o ser humano toma suas decisões, é possível afirmar que pessoas que possuem um propósito claro e definido são mais propensas a fazer escolhas conscientes e alinhadas com seus valores, princípios e crenças em relação à vida e ao papel do ser humano nela. É importante destacar que, embora existam desigualdades em relação às oportunidades de escolha, sempre há alguma possibilidade de se fazer uma escolha que esteja alinhada com o propósito individual.
Na Purpose Mining, acreditamos que o propósito é a expressão da singularidade de cada ser humano ao se desenvolver e prosperar, contribuindo simultaneamente para o desenvolvimento e prosperidade do meio em que se insere. Portanto, consideramos que cada indivíduo é singular e vive seu propósito à medida que se desenvolve e prospera em conjunto com seu meio. Seguindo esse conceito de propósito, pode-se afirmar que fazer escolhas alinhadas a ele é uma forma de promover o desenvolvimento e a prosperidade tanto individual quanto coletiva.
Por isso, convidamos você a analisar suas escolhas diárias, mesmo as que parecem sem importância, e se perguntar se elas lhe aproximam ou lhe afastam do seu propósito. Lembre-se de prestar atenção às respostas de seu corpo, que muitas vezes é mais "espertinho" do que a mente em relação a essas questões.
#porummundocommaisproposito e até a próxima!
